As experiências com outras grandes inundações ao redor do mundo permitem entender como esses eventos climáticos alteram as dinâmicas de transmissão de vírus, bactérias e outros agentes infecciosos. Médicos e autoridades se organizam para lidar com um aumento nos casos de diversas enfermidades pelas próximas semanas.
afetaram milhões de pessoas, deixaram centenas de milhares de desabrigados e causaram mais de 100 mortes. Mas, em termos de, as consequências do evento climático continuarão por muito tempo — e exigirão todo um planejamento das autoridades e dos profissionais da área.
'Já chorei muito': moradores de Porto Alegre lotam abrigo enquanto chuva volta a cair no Rio Grande do SulEssa linha do tempo se inicia a partir das chuvas e das inundações. Nessas ocasiões, as pessoas que vivem nas áreas afetadas tiveram o primeiro contato com a água. Mas, passados os primeiros dias após o pico das inundações, é preciso se preocupar com as doenças infecciosas que muitos contraíram durante esse processo — o que nos leva à onda número um.
Os mais vulneráveis a essas infecções intestinais são as crianças muito pequenas e os mais velhos, grupos que merecem uma atenção especial para evitar quadros extremos de desidratação. Os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil apontam que o poder público deve estar preparado para lidar com esses cenários.
Do ponto de vista individual, é possível também tomar alguns cuidados para diminuir o risco de contato com patógenos, como lavar bem as mãos, fazer a higiene adequada de frutas e verduras, não comer alimentos que tiveram contato com a enchente e tomar apenas água mineral — ou filtrar, ferver ou aplicar uma solução de hipoclorito de sódio na água que vem de outras fontes.
"O indivíduo acometido geralmente apresenta febre, cansaço, dor muscular, particularmente nas panturrilhas, náusea, vômito, pele amarelada…", lista Schwarzbold. Importante: esses fármacos devem obrigatoriamente ser indicados por um médico, nunca tomados por conta própria. Além da leptospirose, os médicos também se preocupam com outras doenças infecciosas transmitidas por água e materiais contaminados nessa segunda onda, como é o caso de tétano e hepatite A.
No entanto, o Brasil voltou a identificar um caso de contaminação local por cólera em abril deste ano na cidade de Salvador, na Bahia.Por fim, algo que historicamente sucede as grandes inundações são as doenças transmitidas por vetores, como é o caso da dengue. Schwarzbold lembra que, apesar do clima mais frio esperado no Rio Grande do Sul para as próximas semanas, o Estado costuma experimentar nessa época do ano um fenômeno chamado "veranico", com alguns dias de calor.
Quando a água baixar, também haverá necessidade de pensar em como lidar com as questões de saúde mental e todos os traumas acumulados nesse período, lembram os médicos.
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