Com ruas tomadas pela água, falta de luz e imóveis abandonados pelos proprietários, alguns moradores relatam temer crimes, enquanto outros contam não ver mudança significativa na segurança.
A enchente que inundou bairros inteiros e provocou pane na iluminação pública e nos sistemas eletrônicos de vigilância levou moradores e voluntários de equipes de socorro a improvisarem esquemas alternativos de segurança em, que atingiu em primeiro lugar o Delta do Jacuí. A região, na qual o rio homônimo deságua no Lago Guaíba, é composta por 27 ilhas entremeadas de canais, banhados e várzeas.
“Eles chegaram identificados, com colete à prova de balas, fuzil, metralhadora. Em princípio, resolveu porque o pessoal sentiu que a gente não estava para brincadeira. Senão eles acham que isto aqui é umaEnvolvido no socorro a vítimas da enchente, Mueller viu velejadores voluntários desistir do trabalho por razões de segurança nos últimos dias.
No domingo , depois de dois dias de socorro a vizinhos, Fernando Aranha, 35 anos, estranhou a atmosfera na área. Diante da situação, Aranha e outros envolvidos na ajuda a moradores decidiram incorporar o patrulhamento às tarefas de socorro. “Agora, temos mais assistência em relação à segurança. A polícia montou um QG na Getúlio Vargas com Ipiranga”, afirma.
O construtor civil Angelo Tarouco, 49 anos, síndico de um condomínio na divisa do Menino Deus e da Cidade Baixa, tomou o cuidado de instalar um cadeado no portão da garagem do prédio ao deixar o local na segunda-feira .Apesar disso, o imóvel não ficou particularmente exposto, na opinião do síndico. O último morador deixou o local na tarde de quarta-feira .
Moradora da Cidade Baixa, vizinha ao Menino Deus, a advogada Silvana Moura desocupou a casa em uma das ruas mais atingidas pela enchente e transferiu-se para um apartamento próximo que mantém para aluguel. Desse total, 11 ocorreram em abrigos para desalojados pela enchente. Somente entre a noite do dia 6 e a tarde do dia 7, foram efetuadas 16 prisões em flagrante pela corporação.
Até o fechamento desta reportagem, a Secretaria de Segurança Pública não havia emitido um posicionamento oficial, solicitado pela BBC News Brasil, sobre as iniciativas de moradores de se organizar de forma autônoma para fazer segurança de imóveis, ruas e bairros.
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