Repórter do SBT Brasil relata como foi retratar os graves problemas do centro de São Paulo durante um mês de gravações
Começamos, então, gravando em torno do fluxo do crack. Do único jeito possível: dentro de um carro com vidros escuros, escondidos, por horas. Sempre mudando de lugar. Ficamos mais de um mês nessa rotina, durante o dia e à noite também.
Testemunhas dos desvios, ficamos num impasse: tínhamos que seguir o homem que comprava a refeição dos dependentes químicos. Tentamos de carro, mas não deu certo porque ele ia a pé. Num segundo dia, Robinson e eu saímos andando atrás dele desde a Cracolândia. O Puga, nosso repórter cinematográfico, tinha nossa localização pelo celular e foi atrás da gente de carro com a câmera maior.
Depois de pouco mais de um mês de trabalho, enviamos o material bruto, centenas de horas de gravação, para o editor Thiago Dellorte, que assistiu cada imagem e se inteirou das informações todas. Foi ele que sugeriu os melhores caminhos para narrar, em cinco capítulos, as histórias que descobrimos na rua. Então, o conteúdo chegou ao editor de imagens Emerson Terin, que deu ritmo à reportagem.
Hoje, com 30 anos de carreira, não tenho mais a inocência de achar que uma reportagem vai gerar, na realidade, as mudanças que sonhamos. Ainda mais com um problema tão complexo como a Cracolândia. Mas, se conseguirmos fazer os bons pensarem e os maus perderem o sono, já fico satisfeito".
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