Ao tirar da PF a coordenação da estrutura de proteção do presidente e devolvê-la aos militares, petista indica aceno de trégua em um ambiente de crise
, com a diferença de ele não buscar abrigo nas Forças Armadas. Ao contrário: é lá que estariam os inimigos, convicção que se consolidou depois dos ataques do 8 de Janeiro. Até dias atrás, a ordem era manter a tropa o mais afastado possível do presidente da República e das áreas sensíveis de poder. Mas algo mudou.
Na quarta-feira 28, o governo anunciou uma, pode-se dizer, surpreendente mudança no esquema de proteção do presidente. Ao tomar posse, um dos primeiros atos assinados porfoi retirar da órbita do Gabinete de Segurança Institucional a sua segurança pessoal, quebrando uma tradição de mais de oito décadas. Nos seis primeiros meses de governo, o petista vinha mantendo uma distância regulamentar dos militares.
Dentro do governo, não são poucos os que ainda se referem aos militares com palavras pouco republicanas, embalados pelos ataques às sedes dos Três Poderes e pela manutenção, por mais de dois meses, dos famosos acampamentos em frente a quartéis-generais.
Auxiliares do presidente reconhecem que o clima entre ele e os militares não é bom, mas já foi muito pior. “Se compararmos com dezembro, que ninguém conversava conosco, era zero de interlocução, melhorou bastante. O clima era de total hostilidade”, lembra um ministro próximo ao presidente.
, que não ficou nada satisfeita com a mudança, mira oficiais do Exército supostamente envolvidos no planejamento de atos golpistas. O jogo está apenas começando.
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