Aliado de Putin, o presidente bielorrusso disse que 'prestará atenção' ao mercenário e que há 'garantias de segurança' referentes ao exílio
— Nós oferecemos a eles uma das bases militares abandonadas — disse Lukashenko. — Por favor, temos uma cerca, temos tudo. Ponham suas tendas — completou.
O presidente bielorrusso também deu mais informações sobre seus esforços de mediação no sábado, afirmando que Putin não acreditava que Prigojin atenderia a um telefonema do Kremlin. Lukashenko, contudo, afirmou ter conversado com o chefe do Wagner por cerca de uma hora e meia, e depois criou canais com os combatentes na cidade de Rostov-no-Don, que haviam ocupado.
Além do abrigo para o chefe do Wagner na Bielorrússia, o pacto selado para pôr fim ao levante incluía também um compromisso russo de não processar os arquitetos ou participantes. Nesta terça, o Serviço Federal de Segurança confirmou que as acusações contra Prigojin e seus aliados foram suspensas, após ser noticiado na véspera que os processos permaneciam abertos.
A militares nesta terça, Putin afirmou que o Wagner era inteiramente financiado pelo Ministério da Defesa e pelo Orçamento federal. De maio de 2022 a maio de 2023, o Estado pagou 86 bilhões de rublos para o grupo paramilitar. A empresa de catering, serviço privado de buffet de Prigojin, responsável por boa parte dos jantares servidos no Kremlin neste século, recebeu outros 80 bilhões de rublos.
As tensões como o Ministério da Defesa vinham de meses, com a alta cúpula insatisfeita com o protagonismo dos mercenários e críticas de que o Estado dono do maior arsenal nuclear do planeta estava perdendo o monopólio da violência.
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