Para Michel Gherman, professor do Núcleo de Estudos Judaicos da UFRJ e pesquisador do Centro de Estudos do Antissemitismo da Universidade Hebraica de Jerusalém, guerra permite que Netanyahu tenha alguma autonomia.
Premiê de Israel, Benjamin Netanyahu está enfraquecido, mas não quer que a guerra termine, porque precisa dela para se manter no poder. Essa é a avaliação de Michel Gherman, professor do Núcleo de Estudos Judaicos da UFRJ e pesquisador do Centro de Estudos do Antissemitismo da Universidade Hebraica de Jerusalém.
"Ele está fraco, ele está enfraquecido. Ele, hoje, não pode que a guerra termine. Ele quer manter a guerra, porque quando a guerra está acontecendo, ele mantém, na mão dele, algumas possibilidades de autonomia", disse ele em entrevista ao podcast O Assunto desta quarta-feira . "Ele pode decidir, por exemplo, coisas que não poderia decidir sem guerra. Então essa guerra, ela vai continuar enquanto ele não sentir que ele pode manter-se no poder sem ela. Por enquanto, Netanyahu e a guerra se salvam um ao outro." O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em foto de arquivo — Foto: Reuters
Na sexta-feira , a Corte Internacional de Justiça, o tribunal mais alto da Organização das Nações Unidas para julgar disputas entre Estados, ordenou que Israel interrompesse todas as operações militares em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. A determinação é obrigatória, mas o tribunal não tem força militar para garantir que o país a cumpra.
Rafah é o último refúgio, na fronteira com o Egito, para os palestinos que têm deixado suas casas para fugir da ofensiva israelense desde o início do conflito em outubro do ano passado.O que você precisa saber: VEJA CORTES DO PODCAST O ASSUNTO EM VÍDEO 50 vídeos
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