O relatório da Tinsa revela que os preços da habitação em Espanha aumentaram 4,4% em 2024, com 26 províncias e 38 capitais a ultrapassarem o limite de esforço teórico para pagar a hipoteca.
A habitação está cada vez mais inacessível e não afloja. Isto ilustra a história imobiliária de 2024, um ano em que os preços têm vindo a acelerar progressivamente e em que, no final, as casas acabarão por ser 4,4% mais caras do que no início do exercício. Os dados da Tinsa , a maior sociedade tasadora de Espanha, recolhem esta informação e publicaram esta segunda-feira a sua estatística de preços de habitação terminada, incluindo tanto casas novas como de segunda mão.
De acordo com a sua análise, até 26 províncias — seis a mais que a meio do ano— e 38 capitais superam a taxa de esforço teórico de 30%, o limite de acessibilidade que a lei estatal de habitação considera como referência, no pagamento da hipoteca em relação aos rendimentos das famílias. O ano começou com dúvidas no mercado e a habitação plana. Nos três primeiros meses, os preços apenas superaram em 0,1% os do trimestre anterior. Mas a partir daí foram subindo cada vez mais rápido e, para o período entre outubro e dezembro, a variação trimestral já marcou 2,2%. Isto explica que, no acumulado anual, os valores das casas cresçam mais de 4%. “O ano 2024 tem sido marcado por a mudança de direção na política monetária do BCE”, refere o relatório, em alusão às quedas de tipos que, desde o verão, têm favorecido o abaratamento das hipotecas. Isto causou que a atividade também tenha ido de menos para mais. A procura de casas, indica a tasadora, “continua a sustentar o volume de compraventas acima da média histórica de 522.000 transações anuais”. Esse é o volume médio do período 2007-2023, que este ano voltará a ser superado por terceiro ano consecutivo porque os dados do INE apontam que entre janeiro e outubro (o último mês que recolhe a estatística oficial) já se venderam mais de 537.000 habitações
Habitação Preços Inacessibilidade Mercado Imobiliário Tinsa
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